Código
RC136
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Autores
- AILEEN MIWA TABUSE (Interesse Comercial: NÃO)
- NATASHA CRUZ (Interesse Comercial: NÃO)
Título
A IMPORTANCIA DA ULTRASSONOGRAFIA OCULAR E BIOMICROSCOPIA ULTRASSONICA PARA DIAGNOSTICO DE SINDROME DE EFUSAO UVEAL EM NANOFTALMO: RELATO DE CASO
Objetivo
Demonstrar o uso de ultrassonografia ocular (US) e biomicroscopia ultrassônica (BUS) para confirmação do diagnóstico de Síndrome de Efusão Uveal em paciente sem diagnóstico prévio de nanoftalmia.
Relato do Caso
Homem, 63 anos, caucasiano, encaminhado por baixa acuidade visual súbita e indolor no olho esquerdo com piora progressiva há uma semana. Ao exame do olho referido apresentava acuidade visual de contagem de dedos a 1m, pressão intraocular normal, hialose asteróide, descolamento de retina seroso inferior e descolamento de coróide em toda periferia (Figura 1). O exame de ultrassonografia ocular (Figura 2) descartou tumores intraoculares e evidenciou comprimento axial de 19,90mm, espessamento anormal de coróide e esclera de 2,92mm, descolamento de retina de 1h a 10h, bolsões elevados de descolamento de coróide em todos os meridianos do olho esquerdo e duplo pico no modo A quando retina e coróide descoladas estão sobrepostas. O exame de biomicroscopia ultrassônica (Figura 2) demonstrou profundidade de câmara anterior reduzida de 1,97mm, lens vault de 930µm, diâmetro anteroposterior do cristalino normal, anteriorização dos processos ciliares e fechamento angular e descolamento cilio-coroidal em todos os meridianos. Com a confirmação do diagnóstico de Síndrome de Efusão Uveal em nanoftalmo através dos exames o paciente foi submetido a esclerotomia com confecção de flap escleral nos 4 quadrantes. Após a cirurgia apresentou redução dos descolamentos de coroide e retina, melhora da acuidade visual e segue em acompanhamento clínico ambulatorial.
Conclusão
Síndrome de efusão uveal e olho nanoftalmo são entidades raras cujo diagnóstico é necessário para avaliação de complicações e correta abordagem terapêutica. Exames como US e BUS são exames não invasivos e acessíveis que permitem o diagnostico de tal condição, porém dependem da experiência e habilidade do examinador.