Código
RC214
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HCFMUSP
Autores
- ROBERTA CHIZZOTTI BONANOMI (Interesse Comercial: NÃO)
- Maria Teresa Chizzotti Bonanomi (Interesse Comercial: NÃO)
- Enzo Augusto Medeiros Fulco (Interesse Comercial: NÃO)
Título
VASCULOPATIA POLIPOIDAL DE COROIDE COM REDE VASCULAR RAMIFICADA ASSOCIADA A NEVUS DE COROIDE
Objetivo
Descrever caso de vasculopatia polipoidal de coróide (VPC) associada à nevo de coroide
Relato do Caso
Mulher, 49 anos, hipertensa, examinada em 2015 devido a metamorfopsia no olho direito (OD) há 2 meses, sem melhora com injeção intra-vítrea (IVT) de bevacizumabe. Trazia OCT com descolamento do epitélio pigmentado da retina (DEP/EPR) seroso e alto na mácula do OD (fig1b). A acuidade visual (AV) era 20/20-1 e 20/20. A única alteração era no fundo de olho do OD: Nevus de coroide com 1,5 DP e 1mm de espessura, tangenciando superiormente a macula hipopigmentada (fig 2a). Na angiografia (AG) com fluoresceina houve hiperfluorescência difusa imprecisa (fig.2b), A AG com Indocianina verde (ICV) de março de 2016 mostrou hipercianescência dos pólipos evidenciando uma rede vascular ramificada (RVR) nas fases tardias (figura 2c,d). Observa-se paralelamente o pólipo na ICV e os DEPs ao OCT no polo posterior, na área nevus e fora dela. Mantido o tratamento com três IVTs de bevacizumabe e quatro de ranibizuabe (última em 09/2016). O controle mostrou melhora da metamorfopsia e da altura dos DEPs ao OCT. Assintomatica por 4 anos, manteve-se em observação com OCTs semestrais. A retinografia de 2020 mostrou piora do depósito viteliforme macular, já presente em 2016. O último exame de 04/2021, com AV 20/20, mostra a RVR, ao OCT há ausência de espessamento da retina, coróide espessa (526/533micra) bilateralmente e localiza o depósito sub-EPR.
Conclusão
Relatos de casos ou pequenas séries de casos mostram a associação de VPC associada ao nevo, mostrando um pólipo solitário, associado ou à exsudação lipídica ou hemorragia. Em casos de nevus gigantes a incidência de NC foi menor que 1%. Nosso caso mostra nevo está associado à RVR, com depósito viteliforme e paquicoróide, mostrando uma descompensação do EPR, e não atividade vascular. Discute-se a indicação do retratamento, já que o depósito viteliforme seria secundário à descompensação do EPR e não da atvidade rede vascular sempre visando a prevenção da perda de fotorreceptores e potencial risco para a visão.