Título

CASO DE DISTROFIA CORNEANA GRANULAR: RECORRENCIA APOS TRANSPLANTE LAMELAR

Objetivo

Relatar um caso de distrofia corneana granular bilateral, recorrente em olho esquerdo após transplante de córnea.

Relato do Caso

B.G.N, sexo feminino, 48 anos, diagnosticada com distrofia de córnea granular bilateral há 20 anos. Apresentava queixa de BAV importante, progressiva e pior em olho esquerdo. Sem comorbidades. Doença também diagnosticada na filha de aproximadamente 10 anos com quadro similar bilateral. Paciente relatava na consulta BAV importante, progressiva pior em olho esquerdo. Ao exame: AV sem correção: OD: 20/100 e OE: 20/200 AV com correção: OD: 20/60 e OE: 20/200 Biomicroscopia em lâmpada de fenda do segmento anterior: AO: opacidades granulares esbranquiçadas difusas em estroma profundo, em maior quantidade em OE. Realizado transplante de córnea do tipo lamelar anterior profundo pela técnica de Big Bubble em maio/2019 no OE, durante o procedimento foi observado resquícios de depósitos granulares finos na camada de descemet do receptor. Cerca de 8 meses após o transplante, durante consulta de acompanhamento notou-se à biomicroscopia em lâmpada de fenda sinais de recorrência de opacidades lineares em região central da córnea, que vem progredindo de forma acelerada.

Conclusão

Sendo essa uma patologia rara e com acometimento importante da qualidade visual do paciente, torna-se fundamental identificá-la. O tratamento recomendado nos casos de opacidades corneanas difusas mais profundas é o transplante de córnea lamelar ou penetrante, porém a recidiva não é incomum. A paciente apresentou recorrência da distrofia na região central do botão corneano em curto período de tempo.