Sessão de Relato de Caso


Código

RC177

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade de Santo Amaro (UNISA)

Autores

  • VITORIA HERRERA SADALA MASCATO (Interesse Comercial: NÃO)
  • PEDRO DURAES SERRACARBASSA (Interesse Comercial: NÃO)
  • WALID MOHAMED MOURAD (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MACULOPATIA ASSOCIADA A GAMOPATIA MONOCLONAL DE SIGNIFICADO INDETERMINADO- RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso raro de maculopatia associada a gamopatia monoclonal de significado indeterminado, assim como seus aspectos clínicos e morfológicos utilizando retinografia, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica.

Relato do Caso

Paciente, 63 anos, sexo masculino, caucasiano, portador de hipertensão arterial sistêmica, queixando-se de diminuição progressiva da AV em AO, pior em OD, há 03 meses. Relatava uso prévio de prednisona VO por 30 dias em outro serviço, porém sem resolução do quadro. Ao exame oftalmológico, apresentava AV cc de 20/60 em OD e 20/40 em OE e biomicroscopia anterior sem anormalidades. Ao exame fundoscópico e retinográfico, observava-se elevação de retina neurossensorial em região foveal, associada a lesões amareladas dispersas no polo posterior. À angiofluoresceinografia, notava-se lesões hipofluorescentes puntiformes dispersas no polo posterior em AO. A tomografia de coerência óptica demonstrava descolamento seroso de retina e elevações irregulares do EPR, além de aumento na espessura foveal central em AO. Todas as sorologias foram negativas. O paciente foi encaminhado ao serviço de hematologia, que evidenciou HB de 9,6 g/dl, 3% de plasmócitos em estudo medular e 0,93% de células plasmocitárias com 0,68% fenótipo anômalo e monoclonalidade de cadeia leve cyLambda em imunofenotipagem, sem quaisquer outras alterações. Indicado tratamento sistêmico imunossupressor e oftalmológico com injeção intravítrea de antiangiogênico e terapia fotodinâmica. Na reavaliação, após 17 meses, apresentava diminuição das células plasmocitárias com fenótipo anômalo (0,05%) e AV de 20/20 p em OD e 20/25 p em OE, além de melhora morfológica evidenciada pelo OCT.

Conclusão

A GMSI é considerada uma desordem pré-maligna e assintomática, associada a um risco de progressão de 1% a 2% ao ano para mieloma múltiplo ou malignidades proliferativas plasmocíticas relacionadas. No entanto, observa-se escassez de dados na literatura no que diz respeito ao tratamento oftalmológico, bem como a alterações envolvendo o segmento posterior.

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