Sessão de Relato de Caso


Código

RC030

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Autores

  • PEDRO FERNANDES SOUZA NETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Harlem Carvalho De Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
  • PATRÍCIA MARIA FERNANDES MARBACK (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ESCLERITE NECROSANTE GRAVE EM PACIENTE COM ARTRITE REUMATOIDE E DIABETES DESCOMPENSADA – RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de esclerite necrosante com perfuração em paciente com Artrite Reumatoide (AR) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) descompensada.

Relato do Caso

Paciente feminina, 60 anos, encaminhada ao setor de córnea com relato de dor ocular bilateral pior à esquerda há 1 ano. Portadora de DM2 descompensada (HGT 261-364) e artrite inflamatória à esclarecer. Ao exame externo, edema bipalpebral bilateral pior em OE. A biomicroscopia mostrava em OD nódulos esclerais nos quadrantes superiores e em OE ulceração da conjuntiva bulbar superior com afilamento escleral e visualização de úvea. Diante do diagnóstico de esclerite necrosante e das condições sistêmicas, optou-se por internação para compensação clínica. Durante o internamento, iniciou insulinoterapia e pulsoterapia com Ciclofosfamida 1g associada a prednisona 60mg. Recebeu alta após segundo ciclo de Ciclofosfamida, confirmação do diagnóstica de AR e controle glicêmico. Mantinha dor ocular. Em acompanhamento ambulatorial, após o 3° pulso de ciclofosfamida, houve piora do afilamento escleral de OE, com perfuração. Foi indicado enxerto corneoeslceral tectônico com utilização de toda a extensão do botão doador e rima escleral, devido à extensão da área acometida. Após 30 dias da cirurgia cerca de 90% da espessura do enxerto havia sido consumida devido a atividade inflamatória (figura 1), mas não havia perfuração. Após o 4° ciclo de Ciclofosfamida houve melhora significativa da dor. Fora acrescentado Azatioprina 200mg e aguarda liberação para Rituximabe. Houve melhora dos nódulos em OD (figura 2) e mantém afilamento escleral sem sinais de perfuração OE e com catarata total (figura 3-4).

Conclusão

A esclerite necrosante com inflamação é condição grave, associa-se à doença reumática em 50-81% dos casos¹,²,³. A presença de necrose sugere vasculite ativa3 e risco potencial de morte. O tratamento cirúrgico na ausência de controle inflamatório deve ser reservado para casos extremos. O tratamento da doença de base e de comorbidades, como DM2, são importantes para o controle clínico.

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