Código
RC200
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Central da Aeronáutica
Autores
- DANIEL BEZERRA DE LUCENA (Interesse Comercial: NÃO)
- Juliana Domingues Gomes Duarte (Interesse Comercial: NÃO)
- Diogo Gonçalves dos Santos Martins (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RETINOPATIA SOLAR POR ECLIPSE
Objetivo
Relatar um caso clínico sobre Retinopatia Solar, descrever os achados iniciais observados na Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e alertar a população sobre os danos causados pela afecção.
Relato do Caso
Paciente I.F.K, sexo feminino, 18 anos, hígida, procurou atendimento oftalmológico com queixa de embaçamento visual no olho direito. Relatou ter observado eclipse solar sem equipamentos de proteção adequados nos 3 dias precedentes à data da consulta. Ao exame, apresentou acuidade visual com melhor correção de 20/25 no olho afetado, biomicroscopia sem alterações e pressão intraocular dentro da normalidade. Fundoscopia evidenciou lesão amarelada na região central da fóvea. Campo visual computadorizado demonstrou escotoma central em olho afetado, e OCT, imagem hiporreflectiva em região subfoveal pela interrupção da junção dos segmentos internos e externos dos fotorreceptores (zona elipsóide). A paciente após 04 dias de acompanhamento referiu melhora clínica.
Conclusão
A Retinopatia Solar é caracterizada pelo dano fotoquímico causado pela exposição direta ou indireta a radiações luminosas, entre elas a solar. O dano ocorre ao nível da retina externa e epitélio pigmentado da retina (EPR), local de maior absorção dos raios solares. Ainda não existe um tratamento definido para tal afecção. O prognóstico é bom na maioria dos casos, embora quanto maior o dano da camada de fotorreceptores e descontinuidade da zona elipsóide, maior chance de dano permanente. Logo, é de grande valia orientar a população sobre a existência de tal condição e a importância de mecanismos protetores para observação do eclipse solar.