Título

DOENÇA DE COATS NO ADULTO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso clínico de doença de coats em homem adulto hígido.

Relato do Caso

Paciente masculino, 42 anos, procurou atendimento oftalmológico com queixa de baixa acuidade visual progressiva há 06 meses no olho esquerdo (OE). Acuidade visual (AV) 20/20 no olho direito (OD) e 20/60 no OE; biomicroscopia sem alterações em ambos os olhos. Fundoscopia sem alterações no OD e presença de placa exsudativa temporal inferior grande atingindo região perimacular, com área atrófica subjacente, hemorragias discoides e pigmentos amarelados na fóvea no OE. Angiofluoresceinografia (AFG) sem alterações no OD e presença de placas de exsudatos duros em polo posterior temporal à macula, dilatações aneurismáticas em periferia temporal superior e área de bloqueio por hemorragia em região nasal no OE. Optado por realizar fotocoagulação a laser circundando lesões no OE. Após as sessões houve melhora da AV que manteve-se 20/20 em AO.

Conclusão

A Doença de Coats é uma doença congênita e idiopática caracterizada pela presença de telangiectasias retinianas e intensa exsudação. Afeta predominantemente crianças do sexo masculino na primeira década de vida, sendo a maioria dos casos unilateral e raramente acomete adultos, como no caso descrito. As principais manifestações clínicas incluem: leucocoria e diminuição da acuidade visual. Na idade adulta tem envolvimento menos extenso, curso natural mais benigno e resultado de tratamento mais favorável do que a doença na infância. O tratamento tem como objetivo primário eliminar as telangiectasias retinianas e, deste modo, diminuir a exsudação e evitar progressão da doença. As modalidades terapêuticas variam de acordo com o estágio da doença. Fases iniciais e moderadas podem ser tratadas com fotocoagulação à laser assim como realizado no caso em questão