Sessão de Relato de Caso


Código

RCO-03

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Oftalmoclínica Icaraí
  • Secundaria: Universidade Federal Fluminense (UFF)

Autores

  • ANA LUIZA MANSUR SOUTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ruan Machado Guilhon Lopes (Interesse Comercial: NÃO)
  • Francisco Bandeira Silva (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CROSSLINKING CORNEANO EM UM CASO DE CERATITE POR ACANTHAMOEBA.

Objetivo

Relatar o uso terapêutico de crosslinking (CXL) em caso de ceratite por Acanthamoeba refratária.

Relato do Caso

Paciente masculino, usuário crônico de lentes de contato, atendido em Junho/2015 em tratamento empírico para úlcera de córnea no olho direito (OD) há 5 meses. Acuidade visual (AV) corrigida: conta dedos OD. À biomicroscopia: úlcera de córnea central, infiltrado anelar e hipópio. Realizada coleta para pesquisa laboratorial imediatamente e instituído tratamento tópico com anfotericina B 0,5%, biguanida 0,02%, gatifloxacino 0,3% + prednisolona 1%. O resultado laboratorial confirmou diagnóstico de Acanthamoeba. Após 4 meses sem melhora, foi indicado off-label CXL com consentimento do paciente (irradiação durante 30 min, intensidade 3 mW/cm2). Após o procedimento, houve aparente resolução da úlcera, 100% de re-epitelização e melhora transiente da AV. No entanto, após 3 semanas, um quadro intenso de inflamação da superfície ocular aflorou e progrediu em 3 dias com novos infiltrados, defeitos epiteliais e hipópio. O tratamento com Biguanida e Brolene ® foi retomado (dose máxima) e uma injeção subconjuntival de metilprednisolona (20 mg) realizada. O quadro de inflamação foi contido com resolução dos infiltrados dentro de 3 meses, mas com defeito epitelial persistente. Em junho/2016, evoluiu com melting, perfuração corneana e extrusão espontânea do cristalino, sendo submetido a transplante de córnea. Em 2017, necessitou de retransplante, devido à falência primária do botão. Hoje, apresenta AV 20/400, edema de córnea 1+/4+, irregularidade epitelial e afacia.

Conclusão

O uso terapêutico do CXL apresentou curiosa resposta epitelial com fechamento rápido das lesões e melhora do infiltrado. A recidiva da infecção provavelmente está associada à eclosão de cistos alojados no estroma profundo, longe do alcance bactericida da irradiação UV do CXL. Esse relato corrobora publicações recentes que ratificam a indicação restrita dessa modalidade terapêutica para ceratite infecciosa de etiologia bacteriana, não sendo apropriada para ceratites parasitárias ou fúngicas.

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