Sessão de Relato de Caso


Código

RC067

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Federal de Bonsucesso

Autores

  • DANIELE BRAVIM LONGO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Larissa Sá Barreto (Interesse Comercial: NÃO)
  • Juan Ricardo Bastian (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ATROFIA BILATERAL DE NERVO OPTICO SECUNDARIA A UM TUMOR DE HIPOFISE

Objetivo

Relatar o caso clínico de um paciente com atrofia bilateral de disco óptico em decorrência de um tumor de hipófise causando efeito de massa, avaliando a acuidade visual, biomicroscopia do segmento anterior, campimetria computadorizada e fundoscopia antes e depois do procedimento cirúrgico, a fim de divulgar a importância do diagnóstico precoce dessa patologia, assim como prevenir as suas complicações.

Relato do Caso

R.N.V, 43 anos, residente em Duque de Caxias, com história de cefaleia e baixa da acuidade visual (BAV) progressiva em ambos os olhos há cerca de 1 ano. Ao exame oftalmológico a paciente apresentava acuidade visual (AV) de 20/200 com a melhor correção em ambos os olhos (AO). A pressão intraocular (PIO) era de 10 AO e na biomicroscopia do segmento anterior (BMA) não se observavam alterações. A fundoscopia mostrava um nervo pálido, porém simétrico e regular em AO. Foi solicitado um campo visual computadorizado (CVC) e realizado um encaminhamento ao serviço de neurologia. Foi constatada a presença de um macroadenoma hipofisário na ressonância magnética de crânio e orbitas, que provocava a compressão do quiasma óptico. O tratamento cirúrgico foi realizado. Ao retornar, a paciente apresentava ao exame oftalmológico AV de conta dedos a 30cm no olho direito e movimento de mão no olho esquerdo. À BMA apresentava pterígio grau III AO, blefarite moderada AO, depósitos epiteliais e ceratite em região inferior da córnea do olho direito. A PIO era 13/13mmHg. Na fundoscopia em AO observava disco óptico pálido, regular, escavação fisiológica, mácula livre, retina aplicada em polo posterior, arcada vascular sem alterações.

Conclusão

Apesar do macroadenoma hipofisário ser uma lesão benigna, na maioria dos casos, as complicações decorrentes de seu efeito de massa podem ser irreversíveis, a depender da extensão do tumor hipofisário. A paciente em questão demorou a procurar atendimento médico e quando o fez, associou o sintoma a falta do uso de óculos, o que pode mimetizar o diagnóstico primário por muitos médicos.

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