Sessão de Relato de Caso


Código

RC088

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: AEBES - Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV)

Autores

  • THAMIRES SALVADOR GAMES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Vívia Maria Cacique Ramalho (Interesse Comercial: NÃO)
  • Italo Cade Jorge (Interesse Comercial: NÃO)

Título

REABILITAÇAO VISUAL APOS DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DE UM MACROADENOMA HIPOFISARIO

Objetivo

Relatar um caso de macroadenoma de hipófise o qual após anamnese, exame físico e complementares foi possível chegar a um diagnóstico e tratamento adequados, minimizando sequelas e permitindo uma reabilitação visual, mesmo no olho com atrofia óptica.

Relato do Caso

Masculino, 47 anos, foi encaminhado ao HEVV com queixa de baixa acuidade visual e escotoma bilateral há 6 meses em olho direito (OD) e há 2 anos em olho esquerdo (OE), associado a cefaleia frontal. Antecedente de trauma ocular em OE com cabo de aço há 3 anos. À admissão fez acuidade visual corrigida em OD de 20/20 e de OE de vultos. Biomicroscopia de OD sem alterações e de OE com sinéquia anterior nasal. Tonometria de OD de 20 mmHg e de OE de 21mmHg. Mapeamento de retina de OD com disco normocorado e de OE com atrofia temporal, como visualizado na Retinografia colorida (Imagem 1). Campimetria computadorizada de OD confiável com hemianopsia temporal, e de OE não confiável pela baixa visão, e com redução generalizada da sensibilidade (Imagem 2). Tomografia de crânio com lesão expansiva suprasselar de 3,1 x 2,1 x 3,4 cm que mantém íntima relação bilateral com o nervo óptico na região do quiasma, sobretudo a esquerda. Retorna após 1 mês da ressecção tumoral com acuidade visual corrigida em OD de 20/20 e em OE 20/50. Nova campimetria de OD com recuperação da sensibilidade em campo temporal, e de OE com dificuldade de realização pela técnica aplicada (Imagem 3).

Conclusão

Tumor hipofisário é causa comum de síndrome compressiva quiasmática. Sua clínica pode gerar confusão com outras doenças oculares, como o glaucoma. Por isso, a junção de fatores como atrofia temporal do disco óptico e hemianopsia temporal são indicativos de lesão quiasmática. Quando o diagnóstico é feito antes da atrofia das fibras o prognóstico costuma ser favorável. O atraso do diagnóstico pode comprometer de forma irreversível o nervo e o quiasma óptico. Assim a descoberta precoce da etiologia da disfunção visual permite um tratamento adequado com chance de reabilitação visual do paciente.

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