Código
RC144
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Federal de Bonsucesso
Autores
- JUAN RICARDO BASTIAN (Interesse Comercial: NÃO)
- RACHEL SIMÕES CAVALCANTI (Interesse Comercial: NÃO)
- LARISSA DE SÁ BARRETO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO MULTIMODAL EM RUPTURA DE COROIDE POR TRAUMA OCULAR CONTUSO
Objetivo
Relatar a clínica e os achados de exames complementares em paciente com trauma ocular e ruptura de coróide
Relato do Caso
I.B, feminina, 31 anos, trauma contuso em olho esquerdo há cerca de 2 dias com queixa de borramento e baixa visual. Ao exame acuidade visual de 20/20 em olho direito e 20/50 em olho esquerdo sem melhora com refração e buraco estenopeico. Pressão intraocular de 12/26 mmHg e biomicroscopia do olho esquerdo com córnea transparente, íris tópica e pupila fotorreagente. Mapeamento da retina não evidenciou roturas periféricas. Retinografia apresentou duas lesões subrretinianas em forma crescente branco amareladas concêntricas ao disco óptico (fig1 superior). Tomografia coerência óptica: perda da continuidade do epitélio pigmentar da retina (EPR), coriocapilar e membrana de Bruch, no local da ruptura, com afinamento da coróide interna subjacente. Retina neurossensorial sobrejacente se manteve íntegra (fig1 inferior). Autofluorescência: hipoautofluorescência em locais de ausência de EPR, hiperautofluorescência nas bordas da ruptura da coróide (fig2). Ultrassonografia ocular sem alterações. Iniciado tratamento tópico antiglaucomatoso e prednisona por via oral com redução da pressão intraocular. Após 3 semanas de evolução observou-se pressão de 10 mmHg e acuidade visual de 20/20. Campo visual computadorizado 24-2 sem redução da sensibilidade.
Conclusão
A ruptura de coróide pode evoluir com alterações visuais brandas à muito graves, dependendo da topografia e presença de alguma complicação tardia relacionada a cicatrização da lesão e evolução para neovascularização local. Exames como TCO e AF são úteis no acompanhamento da cicatrização do EPR, e mais tardiamente no diagnóstico de neovascularização na região da lesão.