Código
RC093
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Clínica Durães
- Secundaria: Visão Hospital de Olhos
Autores
- ISABELA MARIA AFONSO COIMBRA (Interesse Comercial: NÃO)
- RODRIGO TAMIETTI DURÃES (Interesse Comercial: NÃO)
- LAISSA CARVALHO LEITE (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ADENOMA PLEOMORFICO DE GLANDULAS LACRIMAIS: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar o caso de uma paciente que foi submetida a exérese de tumoração orbitária via sulcopalpebral com remoção de parede orbitária lateral.
Relato do Caso
Paciente W.P.A, sexo feminino, 50 anos, comparece referindo aumento de olho direito há um dia. Ao exame: acuidade visual (AV) 20/20 S/C em AO, olhos calmos, pseudofacia em AO, presença de proptose em OD, com motilidade ocular preservada, pupilas fotoativas e fotorreagentes, sem diplopia no momento do exame. Foi solicitado mapeamento de retina (MR), campimetria visual (CV), exoftalmometria de Hertel e RM de órbitas. Uma semana após, a paciente retornou com resultados de exames, apresentando piora da AV (20/40 S/C OD e 20/20 S/C OE); MR e CV sem alterações. RM de órbitas: Formação nodular extraconal à direita, localizada na topografia da glândula lacrimal deste lado, bem delimitada, exibindo captação intensa e discretamente heterogênea do contraste, mantendo contato com os músculos reto lateral e reto superior. À exoftalmometria de Hertel: OD 21 mm e OE 14 mm. Foi então solicitada a exérese de tumoração orbitária à direita, com retirada e reconstrução da parede orbitária, procedimento que ocorreu sem intercorrências um mês após a primeira consulta, com ressecção completa do tumor. A paciente se encontra assintomática, com melhora importante da proptose, em acompanhamento no nosso serviço.
Conclusão
O adenoma pleomórfico de glândulas lacrimais é um tumor benigno, sendo a tumoração epitelial mais comum da glândula lacrimal, correspondendo a 12% de todas as lesões desta glândula. Geralmente acomete pacientes entre a 4ª e 5ª décadas de vida, ocupando preferencialmente o quadrante supero-lateral da órbita. A taxa de recorrência é alta caso haja disseminação de células tumorais durante ressecção incompleta, podendo ocorrer transformação maligna em 10-20% dos casos.