Sessão de Relato de Caso


Código

RC166

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal Fluminense (UFF)

Autores

  • BEATRIZ DE LUCENA RIBEIRO E SILVA MARQUES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Giovanna Provenzano (Interesse Comercial: NÃO)
  • Raul Nunes Galvarro Vianna (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ESTUDO MULTIMODAL EM PACIENTE COM VASCULOPATIA POLIPOIDAL DA COROIDE

Objetivo

Relatar a importância da análise multimodal em um paciente com Vasculopatia Polipoidal da Coroide (VPC).

Relato do Caso

Homem, 69 anos, procurou atendimento com queixa de baixa acuidade visual súbita em olho direito (OD). Ao exame, acuidade visual de movimento de mãos em OD e 20/30 em olho esquerdo (OE), segmento anterior sem anormalidades. A fundoscopia evidenciou em OD lesão elevada amarelada e exsudativa com bordas bem delimitadas acometendo mácula, além de pequenos pontos exsudativos próximo a arcada temporal inferior. Autofluorescência de OD revelou lesão hipoautofluorescente com halo hiperautofluorescente. Ao exame de OCT observou-se em OD pólipo com descolamento do epitélio pigmentado da retina de refletividade baixa a moderada, descolamento seroso adjacente, sinal da dupla camada e coroide espessa. Angiografia fluorescente de OD revelou hiperfluorescência precoce com pooling a partir da lesão de aspecto polipoide e hipofluorescência por bloqueio do descolamento seroso. No exame angiográfico com Indocianina verde foram evidenciadas lesões hiperfluorescentes subretinianas focais e rede vascular ramificada. Como conduta foi indicado injeção intravítrea de aflibercept.

Conclusão

A VPC é uma doença caracterizada pela presença de dilatações polipoidais associadas com uma rede vascular ramificada na coroide, resultando em hemorragias recorrentes e descolamento seroso de retina. Não existe ainda uma definição universal para esta entidade clínica. Estudos defendem a doença como uma variante da DMRI com neovascularização tipo 1, porém sem a presença de drusas, alterações pigmentares e atrofias. Em contrapartida, outros estudos defendem a VPC dentro das condições que cursam com o espectro de paquicoroide e permeabilidade coroidal aumentada. A angiografia por indocianina verde é o padrão ouro para o diagnóstico, porém esse relato de caso é importante para firmar a relevância da análise integrada de imagens multimodal como sendo fundamental na interpretação dos achados morfológicos da retina e coroide contribuindo para o diagnóstico da VPC.

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