Título

UVEITE REFRATARIA A TERAPIAS IMUNOSSUPRESSORAS COM CORTICODEPENDENCIA EM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE BEHÇET

Objetivo

Relato de caso onde as manifestações oculares, recorrentes e sem resposta satisfatória, guiaram o reumatologista na decisão da troca do tratamento com o controle da atividade da Doença de Behçet.

Relato do Caso

MALFR, masculino, 50 anos, branco, morador do Rio de Janeiro apresentando história de recorrência de manifestações sistêmicas e oculares da Doença de Behçet há 8 anos e com HLA-B*51 +. Tratou com corticosteroide sistêmico, imunossupressores sintéticos e terapia combinada sem sucesso e foi encaminhado pelo reumatologista com baixa da acuidade visual em ambos os olhos. Ao exame oftalmológico, apresentava AVC/c OD CD 1m e OE vultos, Bio OD e OE sem atividade da doença. Na Retino Angio com fluoresceína, OD - vasculite de ramo da Veia Central da Retina e Edema Macular, OE - Dificultado por não dilatação pupilar. Na USG, OD – Vitreíte leve e OE – Vitreíte Moderada. Foi realizada pulsoterapia com corticoide endovenoso, mantida a terapia imunossupressora sintética sem melhora, onde optou-se por iniciar terapia biológica (Anti-TNF) com desmame lento do corticoide sistêmico. Retornou com melhora completa do quadro oftalmológico e sistêmico.

Conclusão

A interação entre especialistas foi benéfica para todos, tanto para, o oftalmologista, o reumatologista e para o paciente. Esse caso, reafirma que a interrelação foi fundamental para a condução do tratamento mais adequado, assim como, no controle da uveíte e das manifestações sistêmicas da Doença de Behçet.