Sessão de Relato de Caso


Código

RC167

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Previdência Servidores de MG (IPSEMG)

Autores

  • ALICE PURRI COELHO E SOUSA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANDRÉ AGUIAR OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • VITOR HUGO CAMARGO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

EVOLUÇAO ATIPICA DE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE ASSOCIADA A INFECÇAO MATERNA POR COVID-19

Objetivo

Relatar o caso de paciente recém nascido(RN) com quadro de retinopatia da prematuridade(ROP) de rápida evolução, nascido durante internação materna em CTI devido infecção por COVID-19.

Relato do Caso

RN nascido no dia 15/03/2021 em CTI adulto, devido a internação materna por caso grave de COVID-19, sob ventilação mecânica, necessidade de O2 em alto fluxo e evolução para óbito dias após o parto. RN nascido com idade gestacional (IG) de 32semanas e 2dias e peso ao nascimento(PN) 1600g. Primeiro mês de vida em CTI neonatal com boa evolução, sem necessidade de uso de O2 após a primeira semana de vida. Solicitada interconsulta oftalmológica para rastreio de ROP com cerca de 4 semanas de vida, com idade corrigida de 36+2. Ao exame, apresentava sinais de doença pré-plus e início de formação de linha em limite vascular-avascular em metade de zona II. Novo exame em 1 semana, que evidenciou doença plus, crista vascularizada com neovasos crescendo em direção ao vítreo com indicação de tratamento. Optado por realização de injeção intravítrea de anti-VEGF em 24/04/2021. Quadro em melhora, mantido em acompanhamento.

Conclusão

A retinopatia da prematuridade é uma doença associada a má vascularização retiniana. Os principais fatores de risco para desenvolvimento de ROP são a IG menor que 32 semanas e o PN menor que 1500g. Nota-se que no caso relatado, o RN apresenta-se fora dos principais fatores de risco para ROP, porém apresentou doença grave que evoluiu com rapidez incomum. Há estudos que demonstram associação de ROP com oxigenioterapia no RN, porém, não encontramos estudos robustos na literatura no que diz respeito ao uso de oxigênio materno associada a ROP. A infecção materna por COVID-19 com necessidade de oxigenioterapia é uma associação importante ao caso, que carece estudos adicionais, uma vez que trata-se de uma pandemia global e ainda desconhecemos todas suas consequências e complicações.

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