Sessão de Relato de Caso


Código

RC034

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande

Autores

  • GUSTAVO PEREIRA DE CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • IZABELA ANICIO BENEDICTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • JEAN RODRIGUES ANDRADE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ROSÁCEA OCULAR GRAVE

Objetivo

Relatar caso de rosácea ocular grave com perfuração.

Relato do Caso

Paciente T.B.F.S. 19 anos, feminino, sem comorbidades prévias. Deu entrada no serviço de oftalmologia com queixa de baixa de acuidade visual (AV), dor extrema em olho esquerdo (OE) e prurido intenso há 07 dias. Piora do quadro após cirurgia oftalmológica de pterígios (SIC) em ambos os olhos (AO) há 1 mês. Ao exame: AV com correção (c/c): 20/200 em olho direito (OD) e percepção luminosa (PL) OE. Á ectoscopia: hiperemia em região malar e telangiectasia palpebral. À BIO de OD: blefarite, hiperemia conjuntival e conjuntivite papilar, córnea com neovasos inferior, câmara formada e sem reação, íris trófica, fácica e sem seidel. OE: blefarite, hiperemia conjuntival e conjuntivite papilar, córnea com neovasos difusos e perfuração central com herniação de íris autoselante, câmara formada rasa superior e atalamia inferior. Tonometria bidigital (TBD) OD: normal e OE diminuída. Fundoscopia (FO) OD esboço de retina aplicada e OE impossível. A principal hipótese diagnóstica foi rosácea ocular. Realizado adesivo tecidual e reconstrução de câmara anterior (RCA) e lente terapêutica em OE e encaminhada para a dermatologia. Foi prescrito Maxiflox D 6/6h em regressão OE + patanol S 1x ao dia, lubrificante ocular, higiene palpebral AO e doxaciclina 100mg 12/12h por 4 semanas. Após 8 dias apresentou o seguinte exame- AV: OD 20/50 e OE PL, TBD normal AO. Melhora da blefarite, hiperemia conjuntival e das papilas tarsais AO e OE com câmara formada sem seidel. FO: mantida AO.

Conclusão

A rosácea ocular possui diagnóstico clínico. Dentre as principais queixas tem-se sensação de corpo estranho, fotofobia, olho seco, redução da acuidade visual (se atingir a córnea). Pode ser observado no exame: meibomite, blefarite, calázio, hiperemia conjuntival, telangiectasias, ulcerações e perfuração corneana em casos graves, como foi observado no caso relatado, podendo programar transplante de córnea, após controle do quadro.

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