Sessão de Relato de Caso


Código

RC003

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto e Hospital Oftalmológico de Anápolis

Autores

  • GABRIEL DE OLIVEIRA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Amélia de Oliveira Pereira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Augusto Pereira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

COMPARAÇAO ENTRE GANCHODILATAÇAO IRIANA E ANEL DE CANABRAVA EM FACOEMULSIFICAÇAO EM IFIS: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Comparar o uso da Ganchodilatação Iriana (GI) com Anel de Canabrava (AC) em paciente com Síndrome da Íris Frouxa Intraoperatória (IFIS) em cirurgias de facoemulsificação realizadas pelo mesmo cirurgião.

Relato do Caso

JPAF, masculino, 80 anos, hipertenso, com hiperplasia prostática benigna (HPB) em uso de tansulosina a longa data, catarata e pequeno diâmetro pupilar bilateral, com presença de asteróides hialóides em olho direito. Foi submetido à facectomia em ambos os olhos e implante de lente intraocular no saco capsular, com presença de IFIS. No olho esquerdo (OE) foi utilizado GI, com cirurgia de duração de 1h23min, vários episódios de hérnia de íris, necessidade de abertura de segunda incisão principal e acuidade visual final com correção (AVFC) de 20/25. No direito, foi utilizado AC, com cirurgia durando 41min, sem hérnias de íris e AVFC de 20/25.

Conclusão

IFIS é um fator que aumenta a dificuldade da cirurgia e a probabilidade de complicações. É caracterizada pela perda intra-operatória da midríase inicial, tendência ao prolapso da íris pelas incisões e flacidez iriana. Tem como fatores de risco o uso atual ou prévio de tansulosina (sendo comum em pacientes com HPB submetidos à facectomia)¹, sexo masculino, idade avançada, HAS e pequeno diâmetro pupilar dilatado². O manejo intraoperatório do IFIS é diferente de outras síndromes de pupilas pequenas. Intervenções tradicionais (alongamento mecânico da pupila e esfincterotomia parcial) não são úteis devido à natureza elástica da íris³. Como a manutenção de uma pupila adequadamente dilatada é crucial, seu aumento usando anéis de expansão pupilar ou ganchos de íris pode ser considerado². Concluímos que o AC é um método para dilatação da pupila em casos de IFIS mais seguro, e que proporciona uma cirurgia mais rápida, com menos eventos relacionados à hidrodinâmica per-operatória e que proporciona, anatomicamente, melhor resultado em relação ao GI. Apesar da AVFC ter sido igual em ambos os olhos é possível que os asteroides hialóides sejam responsáveis por alguma diminuição da acuidade visual do OD⁴.

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