Código
P30
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte - (UFRN)
Autores
- PEDRO HENRIQUE NUNES DANTAS (Interesse Comercial: NÃO)
- VERA LÚCIA DE ARAÚJO (Interesse Comercial: NÃO)
- RAQUEL AMORIM DUARTE (Interesse Comercial: NÃO)
- EINSTEIN DANTAS DE AGUIAR FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DO USO DE TELAS POR CRIANÇAS E PRE-ADOLESCENTES NA PANDEMIA POR COVID-19
Objetivo
Em virtude do aumento do uso de telas durante o período da pandemia por Covid-19, seja para ensino ou entretenimento, o presente estudo objetivou quantificar o tipo de tela, o tempo de uso, a adesão ao ensino remoto, a duração das aulas remotas e os motivos que levaram a um maior tempo de exposição a telas pelas crianças e pré-adolescentes (0 a 14 anos) durante este período, na cidade de Natal-RN.
Método
Foi realizado um questionário on-line contendo 11 questões de múltipla escolha e discursivas, de forma anônima, pelo aplicativo WhatsApp, transmitido em grupos de pais de crianças e alunos em idade escolar e em grupos de condomínios, no período entre 22 de abril a 30 de abril de 2021.
Resultado
A pesquisa on-line analisou 307 questionários respondidos. Entre os dispositivos mais usados por crianças e pré-adolescentes, estão os celulares, com 86,6% das respostas, e a televisão, com 82,3%. Antes da pandemia, excetuando-se as horas ocupadas por atividades educacionais, somente 2,2% usavam os dispositivos por 8h ou mais horas, enquanto que, após a pandemia, 41% passou a usar dispositivos por 8h ou mais horas. Houve adesão de 83,6% às aulas on-line, e a maior parte das aulas durava de 4 a 6h. Entre os motivos que levaram as crianças e pré-adolescentes a ficarem mais horas expostos às telas estão: falta de outra forma de entretenimento (35,3%), necessidade dos genitores de realizar outras tarefas e não ter tempo para entreter as crianças (20,8%) e forma de interagir com outras crianças (27,4%).
Conclusão
Entre os desafios trazidos pela pandemia por Covid-19, encontra-se a dificuldade que os pais enfrentam em ter que conciliar carreira profissional, cuidados com a casa, monitorar crianças em ensino remoto e entreter seus filhos. As medidas restritivas para conter o avanço da pandemia levaram crianças e adolescentes a um maior tempo de exposição às telas e a um maior risco de desenvolvimento de patologias oculares. Os celulares, videogames e as aulas passaram a ser o meio de interação social dessas crianças e pré-adolescentes.