Sessão de Relato de Caso


Código

RC150

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)

Autores

  • LUCAS FERNANDO GUABIRABA MELO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Glaucia Regia Moura Silva Nobre (Interesse Comercial: NÃO)
  • Patricia Sampaio Padilha (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CORIORRETINITE ESCLOPETARIA: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de trauma com projétil de arma de fogo que evoluiu com baixa acuidade visual por coriorretinite esclopetária.

Relato do Caso

Paciente masculino, 29 anos, comparece ao ambulatório de Retina, com um quadro de baixa acuidade visual(BAV) em olho esquerdo (OE) após trauma em face por arma de fogo há 03 meses. À ectoscopia, apresentava uma cicatriz pela entrada do projétil em região lateral de órbita esquerda. Ao exame, observou-se estrabismo divergente associado à redução da mobilidade ocular horizontal em OE. A acuidade visual encontrada foi de 20/20 em olho direito (OD) e MM em OE. Biomicroscopia sem alterações. A pressão intraocular encontrada foi de 13 mmHg OD e 11 mmHg OE. A fundoscopia apresentou lesão cicatricial em região macular e equador inferior com áreas de proliferação fibrovascular à esquerda. Não apresentou alterações em OD. Foi solicitado tomografia de crânio e órbita, que evidenciou fratura em órbita esquerda e sistema nervoso central preservado. Foi adotada uma conduta expectante e o paciente segue em acompanhamento nesse serviço, sem apresentar mudanças no padrão da retinografia e angiografia fluoresceínica, com BAV mantida.

Conclusão

A coriorretinite esclopetária é caracterizada por roturas na retina e coróide secundária a trauma por projétil de arma de fogo. Pode ocorrer através de lesão direta, podendo causar necrose e lesão indireta, através de ondas de choque de transmissão à distância. Na fundoscopia, podemos encontrar hemorragias em retina, coróide e vítreo, extensa proliferação fibroglial associada a áreas de atrofia ou hipertrofia da retina. Numa fase mais tardia, pode haver descolamento de retina. Alguns pacientes podem evoluir com neovascularização sub-retiniana, como complicação das roturas de coróide. O seguimento deve ser feito para acompanhar possíveis mudanças no padrão da retinografia e angiografia, garantindo assim possibilidade de intervenção adequada, caso seja necessário. É importante ressaltarmos aos oftalmologistas o quanto é relevante estar atento para este possível diagnóstico.

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